domingo, 11 de maio de 2014

fanfic - Al Potter e o Mestre Ofidioglota

Olá gente! Como estão? Bem?

Desculpe pela demora na atualização do blog, mas como vocês já sabem, os trabalhos da faculdade tomam todo o meu tempo livre. Juro que tentei terminar a fanfic de aniversário "True Love of Mine", mas não tive tempo para escrever! Estou desesperada, pois já estamos em Maio e eu ainda não terminei o meu presente de aniversário de Abril.

Bom, como eu não tinha feito nada para postar nesse fim de semana, resolvi mostrar para vocês uma fanfic inacabada que eu fiz a algum tempo atrás. Essa fanfic, com apenas um capítulo, seria o início de uma longa história que contaria a aventura do filho de Harry Potter. Porém, eu acabei desistindo de fazer uma continuação para essa fanfic por que, como eu já disse aqui, é uma responsabilidade muito grande escrever alguma coisa a respeito de uma obra da qual eu sou muito fã. E esse é o caso de Harry Potter. Eu sou muito fã de J.K. Rowling e escrever algo baseado nas obras dela me deixa muito receosa (tenho medo de escrever alguma besteira e estragar uma obra tão prestigiada).

Antes de lerem a fanfic abaixo, não se esqueçam de que:

-Essa é uma história que se passa muitos anos depois da batalha em Hogwarts;
-Alvo Severo Potter é o protagonista;
-A fanfic deveria ter continuação, mas eu não fiz pelos motivos já explicados acima.



Capítulo 1 - Uma nova história


Era a primeira vez que o garoto de 11 anos pisava nas redondezas de Hogwarts. Seus olhos claros não paravam de correr de um lado para outro, e brilhavam de tanta alegria. Hagrid, com sua assombrosa e espalhafatosa barba grisalha, conduzia os novos alunos, que tinham acabado de sair dos pequenos barcos e se enfileiravam rumo aos grandes portões da escola.

-Andem pequeninos! É por aqui! –ordenou ele, enquanto procurava em meio a todas aquelas crianças os olhos familiares que ele esperara muito tempo para ver novamente naquele lugar.

Hagrid sorriu e acenou quando encontrou os olhos claros de Alvo Severo, algo que o menino havia herdado de sua avó Lilian, mas que Hagrid reconhecia como sendo os olhos de Harry . O garoto parecia um pouco assustado e ansioso, mas ainda assim, soube ser cortês o suficiente para retribuir o cumprimento com um sorriso.

-É tudo como o papai dizia, não é? - perguntou Thiago quando Alvo adentrou os portões de Hogwarts.

-Não, é ainda mais incrível! –respondeu o garoto, olhando com fascínio para o teto enfeitiçado do salão e depois tomando um susto com os fantasmas que voavam e atravessavam os alunos.

-Talvez seja melhor você começar a fazer amizade com o Barão Sangrento, sabe, caso o chapéu seletor resolva te mandar para a Sonserina! – provocou Thiago, com um sorriso zombeteiro.

-Eu não vou para a Sonserina! Não vou, não vou! O papai me disse que o chapéu seletor vai levar em consideração a minha vontade! – insistiu o garoto, olhando feio para seu irmão.

-Se o papai disse isso...  Mas talvez ele só estivesse tentando deixá-lo mais tranquilo... –debochou Thiago, e mesmo querendo continuar com suas provocações, ele resolveu parar, pois Alvo já estava cabisbaixo como se a qualquer momento fosse desabar em prantos.

Christina Rozel, a diretora da Grifinória, conduziu os novos alunos até o chapéu seletor, que como de costume, já se encontrava no salão, em frente a todos os outros estudantes que o observavam atentamente e apostavam quais seriam os novos membros de suas casas. No centro da grande mesa dos professores, estava sentada a diretora de Hogwarts, Minerva McGonagall. Hagrid também acabara de sentar-se desajeitadamente ao lado de Magnólia Frusth, diretora da Corvinal, e ainda observava Al com um sorriso cálido. ‘Ele realmente se parece muito com o pai’ – disse em pensamento.

-Quando eu chamar seus nomes, por favor, aproxime-se do chapéu seletor! – ordenou Christina, com seus pequenos óculos retangulares escorregando pelo nariz. Suas vestes alaranjadas contratavam com sua pele morena.

-Adan Flores! – falou ela em alto tom de voz, e um pequeno garoto de olhos negros e cabelo castanho se aproximou. Ao sentar-se no banquinho e colocar o chapéu em sua cabeça, depois de poucos segundos, o chapéu ressonou altivamente: CORVINAL! E ouviram-se muitos aplausos de boas vindas para o novo membro da casa.

A cena se repetiu mais três vezes, até que a professora Rozel finalmente pronunciou:

-Alvo Serevo Potter!

Alvo estava tão perdido em seus pensamentos que tomou um susto quando ouviu seu nome, suas pernas tremiam quando ele se aproximou lentamente do chapéu seletor e seu coração foi a mil quando a diretora da Grifinória o pôs sobre sua cabeça.

-Sonserina não... Sonserina não... Sonserina não... – ele repetiu diversas vezes de olhos fechados, até que o chapéu seletor começou a sussurrar.

-Humm... Você se parece muito com o seu pai – disse o chapéu em tom de voz muito sério. – Porém... Eu sinto algo diferente emanando dessa sua cabecinha... Algo que o faz querer ser grandioso... -o chapéu fez uma pausa, e Alvo continuava de olhos fechados. - Talvez seja o momento de “bagunçar” um pouco as coisas, afinal, uma nova geração traz consigo uma nova história... E nenhuma história é igual à outra... –ao proferir essas palavras, o chapéu completou em alto e bom som: SONSERINA!

Alvo arregalou os olhos e sentiu seu coração quase saindo pela boca ao ouvir a palavra que ele menos queria ouvir. Tudo ficou nublado. Seu pior pesadelo havia se tornado realidade. O som de palmas invadiu seus ouvidos. O garoto levantou-se do banquinho, mas suas pernas pareciam enrijecidas, como se não quisessem sair do lugar. Alvo foi conduzido por outros estudantes até a mesa da Sonserina, alguns deles estampavam sorrisos nos rostos e apertavam a mão do garoto, já outros não pareciam tão felizes com o fato de ter um Potter como mais novo membro da casa.

-Seja bem-vindo, Potter! – disse um garoto franzino de olhos azuis, estendendo a mão na direção do garoto. -Prazer em conhecê-lo, eu sou Maicon Stuart, estou no segundo ano! - Al o cumprimentou de maneira cordial, porém sem nenhum ânimo na voz. Logo depois, sentou-se e pensou em dar uma espiada na mesa da Grifinória, mas resolveu não fazê-lo, pois não queria ver o sorriso de “eu te avisei” de Thiago.

Enquanto Alvo sentia-se totalmente perdido com aquela situação assustadora, o chapéu Seletor continuava seu trabalho. Um garoto de cabelos castanho-escuros, olhos cor de mel e um rosto angelical sentou-se no banquinho. Muitos minutos se passaram e o chapéu Seletor parecia não conseguir decidir para qual casa esse garoto deveria ir. Todos se deram conta de que a seleção estava demorando mais do que o normal. Professores e alunos observavam atentamente com um olhar de curiosidade até que diretora da Grifinória pediu que o chapéu se apressasse, pois ainda havia muitos alunos novos para serem selecionados.

-GRIFINÓRIA! –falou o chapéu, causando uma comoção fora do normal, já que todos estavam ansiosos para saber qual seria a casa do menino misterioso.

O garoto se aproximou da mesa da Grifinória e logo foi cumprimentado por Thiago, que lhe ofereceu um lugar bem ao lado dele.

Alguns minutos depois, ouviu-se novamente o chapéu seletor falar alegremente o nome da casa SONSERINA. Um garoto de rosto familiar, cabelos loiros e olhos acinzentados andou em direção a mesa, sentando-se ao lado Alvo Severo.

-Olá Potter, meu pai me falou muito de sua família... –disse o garoto, com um sorriso de deboche. - Ele me disse que eu não devo acreditar em tudo que ouço por aí... –provocou o menino, e por fim se apresentou. - Eu me chamo Scorpio Malfoi, filho de Draco Malfoi, meu pai me disse que ele e seu pai eram grandes amigos...

-Eles não eram amigos... Pode ter certeza disso... –interrompeu Al, e seu semblante estava estranhamente sério e irritado.

Scorpio o encarou aborrecido, pronto para revidar com uma ofensa, porém, antes que ele pudesse dizer alguma coisa, um pequeno aviãozinho de papel voou na direção de Alvo e pousou em cima da mesa. Ele abriu o aviãozinho e no papel estava escrito:

Parabéns, Alvo! Tenho certeza que o papai e a mamãe ficarão muito felizes em saber que você acaba de se tornar o primeiro sonserino da família!
ps.: Eu te avisei!
Thiago Sirius (seguido de um desenho de um bonequinho dando gargalhadas)

Ao terminar de ler, o menino imediatamente amassou o papel e suspirou com uma expressão de desgosto.

-Algum problema? –perguntou Scorpio, observando o bilhete amassado na mão do menino e demonstrando curiosidade.

Alvo desviou o olhar e não respondeu a pergunta. Porém, depois de alguns segundos, encarou o menino de olhos cinzentos e perguntou-lhe:

-O que o chapéu seletor disse antes de te mandar à Sonserina?

Scorpio olhou-o com uma expressão confusa.

-O que ele me disse? Dizer o quê? Ele não me disse nada, apenas me colocou na Sonserina!

-E por que você acha que ele fez isso?

-Hã? Isso não é óbvio? Está no meu sangue! Minha família inteira foi da Sonserina!

-Então... Se é como você diz, por que eu estou aqui? Minha família inteira foi da Grifinória!

-Eu não sei... Talvez esse chapéu estúpido já esteja caducando...

Mesmo sabendo que o comentário sobre o chapéu seletor havia sido desrespeitoso, Alvo não pôde conter um pequeno sorriso no canto da boca.

-Scorpio Malfoi, isso não é coisa que se fale! Sabemos muito bem que o chapéu seletor escolhe a casa levando em conta diferentes critérios! – retrucou Maicon, olhando para o garoto com uma expressão de poucos amigos.

Scorpio não se importou com a repreensão de seu colega do segundo ano, e continuou encarando Alvo, sua intuição dizia que aquele garoto, que estava ao seu lado, não era o idiota arrogante, convencido e metido a herói como seu pai costumava dizer que todos os Potters eram.

-Prazer em conhecê-lo, Potter! –disse Malfoi, e estendeu a mão na direção de seu novo companheiro de casa.

Alvo observou aquela mão estendida por alguns segundos, relutou em apertá-la, mas, por fim, estendeu sua mão também, selando, mesmo que inconscientemente, um acordo de paz entre os Potters e Malfois daquela nova geração.

Após a seleção de todos os novatos para suas respectivas casas, Minerva McGonagall levantou-se de sua confortável cadeira no centro da mesa dos professores e começou seu discurso de boas vindas.

-Este é o meu décimo oitavo ano como diretora de Hogwarts. –disse ela com um sorriso estampado no rosto. -Minha felicidade é imensa ao ver novos e velhos alunos neste salão, todos juntos, começando um novo ano letivo e compartilhando suas experiências, sem falar, é claro, do grande comprometimento e competência dos nossos professores. –fez uma pausa, e logo depois continuou. -Este ano, estaremos recebendo um novo professor de defesa contra as artes das trevas, Levi Cavendish –Minerva virou-se para o professor, que estava sentado à mesa. Ele levantou-se por um breve momento e cumprimentou os estudantes.

Cavendish era um bruxo de 50 anos de idade, tinha os cabelos longos e um pouco grisalhos, que ficavam presos num rabo de cavalo esquisito. Seus olhos eram amarelados, e suas feições eram bonitas e jovens para um bruxo de sua idade. Um broche com o símbolo da Sonserina estava preso à suas vestes negras, exatamente do lado onde ficava seu coração.

- O professor Levi também será o diretor substituto da Sonserina, pois nosso querido Clinton fez uma viagem à Groelândia e só retornará no próximo ano letivo. -continuou a diretora. -E, além de tudo isso, Levi também estará lecionando uma nova disciplina experimental que ele mesmo desenvolveu com a ajuda dos bruxos mais respeitados de Londres e da Irlanda. A nova disciplina será testada pela primeira vez aqui em Hogwarts, com os alunos do primeiro ano. Se os resultados dos ensinamentos forem satisfatórios, ela será inserida no currículo da escola.

Os estudantes entreolharam-se e cochicharam entre si. McGonagall observou aquele movimento e apenas sorriu, tendo certeza de que todos estavam bastante curiosos para saber do que se tratava a nova disciplina.

-Professor, fique à vontade... –quando Minerva disse essas palavras, o novo diretor da Sonserina  levantou-se novamente e aproximou-se da diretora, tomando o discurso para si.

-Olá, alunos de Hogwarts! -disse ele. -É um prazer finalmente conhecê-los! Espero que possamos aprender muito e se divertir durante o tempo em que estivermos nesse lugar tão maravilhoso! Esta será a nossa casa, e eu tenho certeza absoluta que tiraremos o melhor proveito dela! –o bruxo fez uma pausa, e nesse breve momento, seus olhos, que passeavam por todos os estudantes, cruzaram-se com os olhos de Al. - Por muito tempo eu estudei, pesquisei e fiz muitos testes para desenvolver esta nova disciplina que estarei lecionando a partir de hoje. Sei que vocês devem estar muito curiosos, então... Sem mais delongas... A nova disciplina que lecionarei será... Ofiodioglossia! –ele abriu os braços e sorriu animadamente.

Um grande alvoroço tomou conta do salão da escola. Tanto alunos como professores pareciam chocados com o que ouviram. Irmino Brown, o professor de poções, levantou-se indignado:

-Isso é absurdo! Ofidioglossia é um dom muito raro que apenas poucos bruxos possuem! É um dom hereditário, que passa de geração à geração, algo que não pode ser aprendido! – disse ele.

-E é por isso que eu estive pesquisando por anos... É por isso que essa disciplina ainda está em fase de testes! –retrucou Cavendish.

-Então quer dizer que o senhor acha que todos os alunos do primeiro ano poderão aprender a falar com as cobras? Isso é impossível! – insistiu Brown.

-Pode ser algo muito difícil, mas não é impossível! –disse Levi, sem se preocupar muito com as críticas de Brown.

-Ofidioglossia devia ser ilegal! É magia negra! –argumentou Magnólia.

-Magia negra? Por que seria magia negra? Só por que Lord Voldmort era ofidioglota? –perguntou Cavendish, fazendo questão de dar ênfase ao nome do maior bruxo das trevas.

-Ofidioglossia sempre foi um dom mal visto pelo mundo bruxo! –retrucou Christina.

-Estão se esquecendo de que um dos fundadores de Hogwarts era ofidioglota? –argumentou Levi, com uma voz imponente e cheia de si.

-Um fundador que queria matar todos os nascidos trouxas! – disse Irmino em voz alta, deixando Minerva aborrecida.

-Silêncio! Vamos acalmar os ânimos, por favor! –ordenou a diretora McGonagall, muito séria. – A partir de hoje, Hogwarts estará lecionando para seus alunos do primeiro ano a disciplina de Ofidioglossia, e eu espero que todos os professores, alunos e funcionários dessa escola respeitem essa decisão e a aceitem de bom grado! Ofidioglossia não é magia negra! É um dom mágico muito antigo e não pode ser visto com tanto preconceito! O próprio Ministério da Magia aprovou essa disciplina e fez questão de assinar um documento que seu permite seu ensino aqui em Hogwarts!

Todos ficaram em silêncio. Se o Ministério da Magia havia aprovado a disciplina, então nada mais poderia ser feito para que ela fosse impedida de ser lecionada em Hogwarts. Os alunos do primeiro ano seriam as “cobaias” para essa nova disciplina experimental. Muitos deles estavam empolgados com essa notícia surpreendente e achavam-se até privilegiados. Já outros, pareciam chocados e amedrontados.

E foi assim que mais um ano letivo começou em Hogwarts, prometendo não só uma nova e polêmica disciplina, como também uma nova aventura, diferente de todas as outras já vividas dentro daquele castelo.



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Espero que tenham gostado! Se alguém comentar, eu posso até pensar em fazer uma continuação!

Até mais!



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